PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - O primeiro-ministro do Haiti renunciou para abrir caminho para um governo temporário que substitua o presidente de saída, Michel Martelly, sem sucessor por causa do cancelamento de uma eleição, mas o plano foi logo rejeitado pelos partidos de oposição nesta terça-feira.
A data prevista para Martelly, que é chefe de governo do Haiti, deixar o posto é domingo. Um segundo turno no dia 24 de janeiro para escolher o seu sucessor foi cancelado depois de protestos, alguns violentos, contra o que a oposição chamou de fraude no primeiro turno.
Sob uma proposta de Martelly e líderes parlamentares, o substituto do primeiro-ministro Evans Paul seria escolhido por consenso e aprovado pelo Parlamento nesta semana, disse Gary Bodeau, parlamentar aliado do governo.
Bodeau afirmou que o novo premiê governaria em conjunto com um conselho de ministros depois que Martelly, um ex-cantor conhecido como "Sweet Micky", deixar posto. A previsão é que novas eleições sejam organizadas até maio.
No entanto, o partido do candidato Jude Celestin e outros grupos opositores querem um governo provisório definido pela Suprema Corte, e um porta-voz disse que a renúncia de Paul não resolveria o impasse.
"Nós rejeitamos a iniciativa atual de Martelly e do Parlamento. É uma piada", afirmou Samuel Madistin, porta-voz de um grupo de oito partidos de oposição.
(Por Joseph Guyler Delva)