BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apresenta nesta segunda-feira um novo atestado médico para ampliar seu afastamento do governo pelo menos até a próxima segunda-feira, dia 13, informou a Casa Civil.
Padilha está internado em Porto Alegre desde o dia 21 de fevereiro, quando passou por uma cirurgia para retirada da próstata. Havia uma previsão inicial, feita pelo próprio ministro, de que estaria de volta ao trabalho nesta segunda, mas ele segue internado.
De acordo com o último boletim médico divulgado pelo hospital, esta manhã, Padilha se recupera bem e deve receber alta até o final desta semana.
O afastamento do ministro, no entanto, pode ser prorrogado para além da próxima semana, para um prazo de 10 ou até 30 dias, dependendo da sua recuperação. Padilha não pediu licença do cargo, mas está apenas afastado com atestado médico.
Na semana em que se afastou para ser operado, Padilha foi citado pelo ex-assessor especial da Presidência José Yunes como tendo pedido que ele recebe um "pacote" do doleiro Lucio Funaro em seu escritório, o que deixou o ministro em uma "situação delicada", de acordo com fontes do Planalto.
O nome de Padilha também deve constar na lista que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, está para enviar ao Supremo Tribunal Federal de novos pedidos de investigação, o que deixaria sua situação mais complicada.
Ainda assim, o presidente Michel Temer não planeja afastar em definitivo um de seus principais auxiliares, responsável pela negociação da reforma da Previdência, a não ser que Padilha seja transformado em réu da operação Lava Jato.
O afastamento médico do ministro, na avaliação do Planalto, pode servir para "baixar a fervura" e retirar os holofotes de Padilha.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)