Por Pawel Sobczak e Wiktor Szary
VARSÓVIA (Reuters) - O partido polonês Lei e Justiça (PiS), contrário à União Europeia, afirmou ter vencido as eleições presidenciais de domingo, o que arrisca colocar o antigo Estado comunista em rota de colisão com aliados-chave do bloco europeu.
Liderado por Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do falecido presidente polonês Lech Kaczynski, o PiS conquistou 37,7 por cento dos votos, o suficiente para governar sozinho e uma boa vitória sobre o governista Plataforma Cívica (PO), pró-UE, de acordo com a pesquisa IPSOS, baseada em 90 por cento dos comitês eleitorais.
Caso a pesquisa boca de urna esteja correta, a vitória do PiS seria a maior em termos de assentos de um único partido desde que a Polônia realiza eleições livres, após a queda do comunismo em 1989 - marcando uma mudança decisiva ao conservadorismo social aliado a políticas econômicas de viéis esquerdista do partido no país de 38 milhões de pessoas.
Kaczynski, cujo partido tem planos para obter novas receitas com um imposto sobre os ativos dos bancos a partir do próximo ano, declarou vitória.
"Não vamos chutar os que caíram... Precisamos mostrar que a vida pública polonesa pode ser diferente", disse Kaczynski a apoiadores em Varsóvia.