(Reuters) - O PDT ratificou nesta quarta-feira decisão de votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados no domingo, confirmando a expectativa do governo de contar com o partido para tentar barrar o impedimento.
"Ratifiquei... a decisão tomada no dia 22 de janeiro deste ano, em reunião do Diretório Nacional, de votar contra o impeachment", disse o líder do PDT na Câmara, deputado Weverton Rocha (MA), após reunião da bancada. Naquela ocasião, o partido havia fechado questão contra o impendimento da presidente.
"Não é agora nesse momento que nós vamos sair pulando do barco", acrescentou Rocha.
O PDT, que conta com 20 deputados, faz parte da base aliada e comanda atualmente o Ministério das Comunicações com André Figueiredo.
A decisão do partido confirma as expectativas do governo de que contará com os votos dos deputados da bancada mais fiel --PT, PCdoB e PDT-- contra o impedimento da presidente. Além dos três partidos, o Palácio do Planalto trabalha para conquistar votos de parlamentares de outras legendas da base e até de fora dela, como o PSOL, para barrar o impedimento.
Na terça-feira o governo sofreu um duro revés com o desembarque do PP da base aliada e com a confirmação do PRB, outro partido que era da base, de que vai votar a favor do impeachment. O PMDB, que era o maior partido da coalizão governista, anunciou no mês passado o rompimento com Dilma.
O processo de impeachment contra a presidente Dilma só poderá ser aberto se obtiver 342 votos favoráveis, equivalente a dois terços dos 513 deputados.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro; Edição de Alexandre Caverni)