Arena do Pavini - Pesquisa feita pelo Instituto FSB Pesquisa patrocinada pelo banco BTG Pactual (SA:BPAC11) por telefone no fim de semana, dias 20 e 21 de outubro, mostra o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, mantendo a liderança na disputa pela Presidência da República a apenas uma semana do pleito deste segundo turno. O candidato oscilou dentro da margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, de 59% para 60% dos votos válidos, ou seja, sem contar os nulos, em branco e indecisos. Fernando Haddad, do PT, oscilou de 41% para 40% dos votos, também dentro da margem de erro.
Onda Bolsonaro sofreu pouco com denúncias
Os números, últimos do instituto antes da eleição, mostram que as denúncias publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo sobre empresas estarem bancando irregularmente o envio de milhares de mensagens pelo WhatsApp contrárias ao PT, o que poderia caracterizar contribuições irregulares para a campanha de Bolsonaro, ou seja, caixa 2, tiveram pouco impacto no eleitorado. No fim de semana, o candidato do PSL se viu envolvido em nova polêmica após a divulgação de um vídeo do filho, Eduardo Bolsonaro, de quatro meses atrás, afirmando que bastariam um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal. Mas, durante o dia, manifestações em todo o país mostraram grande apoio ao candidato do PSL, indicando que dificilmente haverá uma mudança do eleitoral nos próximos seis dias que possa reverter a vitória do capitão reformado.
Candidato do PSL tem 48% na pesquisa espontânea
Na pesquisa de votos espontânea, na qual o eleitor lembra de cabeça em quem quer votar, Bolsonaro aparece com 48% das intenções de voto, oscilando um ponto para baixo em relação ao fim de semana anterior, quando tinha 49%. Haddad subiu um ponto, de 30% para 31%. Outros 11% não sabem ou não responderam e 11% pretendem votar nulo ou em branco.
Bolsonaro atinge 52% na pesquisa estimulada
Já na pesquisa estimulada, em que o eleitor escolhe numa lista de nomes de candidatos, Bolsonaro subiu de 51% para 52%, enquanto Haddad se manteve com 35% das intenções. A oscilação é pequena e está dentro da margem de erro, mas confirma a resistência do eleitorado mesmo com as denúncias e com a agressiva campanha no rádio e na televisão, cheias de ataques e acusações de ambas as partes. O ponto extra de Bolsonaro veio dos que não votariam em ninguém, e que caíram de 6% para 5%. Os brancos e nulos também caíram, de 5% para 4%, e os que não sabem ou não responderam subiram de 3% para 4% do total.
Candidato do PSL faz mais sucesso entre os homens
Bolsonaro tem 43% dos votos das mulheres e 62% dos homens, enquanto Haddad tem mais eleitoras, com 39% dos votos femininos, que eleitores, com 31%. Os eleitores do capitão da reserva são mais velhos, com 54% dos com mais de 60 anos votando nele, mas 52% dos jovens de 16 a 24 anos também escolhem o candidato do PSL. Haddad faz mais sucesso entre os com idade entre 25 e 40 anos, com 39% dos votos, e entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, com 36%.
Os eleitores com maior escolaridade também predominam no público de Bolsonaro, com 56% entre os com ensino médio ou superior. Haddad tem mais eleitores com até a quarta série (40%) e da quinta à oitava série (39%).
A baixa renda vota em Haddad, que tem 51% dos eleitores que ganham até um salário mínimo. Já Bolsonaro tem 62% dos eleitores com renda de mais de cinco salários mínimos. O candidato do PT também tem maior no Nordeste, com 53% dos votos, enquanto Bolsonaro tem 35%, seu pior desempenho. Já no Sudeste, Bolsonaro tem 58% e Haddad, 26%, a menor porcentagem do petista de todas as regiões.
Votos “cristalizados”
A pesquisa mostra também a convicção dos eleitores de Bolsonaro, com 94% afirmando que a decisão é definitiva. Com Haddad, a convicção chega a 90%, o que mostra o que os estatísticos chamam de “cristalização” dos votos, ou seja, há menos espaço para um candidato reverter os votos do outro para si. Já os que não vão votar em ninguém e não vão mudar são 74% e os que votam branco ou nulo, 70%.
Rejeição se estabiliza
O índice de rejeição ficou estável, com 38% dizendo que não votariam em Bolsonaro de jeito nenhum, mesmo percentual da pesquisa anterior, enquanto 52% não votam em Haddad, um ponto a menos que na semana anterior, dentro da margem de erro.
Eleitor de Haddad faz mais voto útil
Sobre os motivos da escolha do candidato, os eleitores de Fernando Haddad são os que mais usam o voto útil, com 18% afirmando que querem impedir a vitória do oponente. No caso de Bolsonaro, são 10% os que admitem o voto útil. No caso de Bolsonaro, 85% dizem que acham que ele é a melhor opção e 75% afirmam o mesmo sobre Haddad.
Por Money Times