(Reuters) - A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta sexta-feira, por suspeita de conceder benefícios tributários em troca de propina quando era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
De acordo com comunicado da PGR, Pimentel foi denunciado "por solicitar e receber vantagens indevidas para gerar benefício tributário à empresa Caoa Montadora de Veículos". Os crimes relacionados são os de corrupção, lavagem de dinheiro e falsidade de documento particular. As investigações estão no âmbito da operação Acrônimo.
"A vantagem indevida rendeu pouco mais de 2 milhões de reais a Pimentel", acrescentou a PGR.
A vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko de Castilho, que enviou a denúncia ao STJ, disse que os benefícios tributários tinham como referência a construção de uma planta industrial da Caoa no município de Anápolis/GO.
Em 2014, Pimentel deixou o ministério e foi substituído interinamente por Mauro Borges Lemos, "que se comprometeu a auxiliar na execução dos atos administrativos correspondentes à propina acertada", disse a PGR.
A assessoria do governador não estava imediatamente disponível para comentários.
Outras seis pessoas também foram denunciadas, entre elas acionistas/sócios da Caoa.