BRASÍLIA (Reuters) - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal um pedido de urgência para a homologação das delações de 77 executivos da Odebrecht, informou uma fonte com conhecimento do assunto, abrindo espaço para que a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, possa autorizar a homologação antes do retorno dos trabalhos do Judiciário, em fevereiro.
O processo para a conclusão da delação dos executivos, até então a cargo do relator da Lava Jato no Supremo, Teori Zavascki, havia sido interrompido após a morte do ministro na última quinta-feira na queda de um avião.
O recesso do Judiciário encerra-se no dia 31 de janeiro. Até esta data, a presidente do Supremo tem a prerrogativa, como plantonista neste período, de decidir questões urgentes nos processos.
A petição do PGR nesta terça, na avaliação desta fonte, serve como um apoio, um reforço para que a ministra possa, se assim entender, homologar ela mesma as delações durante o recesso.
Mais cedo, Cármen Lúcia determinou que os juízes auxiliares do gabinete de Teori, que atuam no processo, retomassem os trabalhos e dessem continuidade ao trâmite da homologação das delações.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)