SÃO PAULO (Reuters) - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou em nota nesta sexta-feira que a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no âmbito da operação Lava Jato foi um "ataque à democracia e à Constituição" realizado por setores do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal "inimigos da democracia" e que foram aliciados por "reacionários".
"Trata-se de novo e indigno capítulo na escalada golpista que busca desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, criminalizar o Partido dos Trabalhadores e combater o principal líder do povo brasileiro", escreveu Falcão.
"Setores do aparato policial e judicial do Estado, mancomunados com grupos de comunicação e a oposição de direita, são o centro dirigente de uma operação destinada a subverter o resultado das urnas."
Na nota, Falcão afirma que Lula é o maior alvo dos que não aceitam "o processo de transformação iniciado em 2003" e faz uma convocação para a militância petista defender o governo Dilma e Lula.
"O Partido dos Trabalhadores, nesse momento de afronta ao sistema democrático e à soberania popular, reafirma a mobilização permanente da militância. Os petistas estão chamados a defender, ao lado de nossos aliados, nas ruas e nas instituições, as regras constitucionais e a inocência do ex-presidente Lula", afirma.
Mais cedo, Falcão divulgou vídeo em que classificou a 24ª da Lava Jato, na qual Lula foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento, como "midiática e policialesca".
Falcão fez um apelo no vídeo para que a militância do partido se mantenha em vigília e disse que a mesma orientação estava sendo dada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), após a nova fase da Lava Jato incluir mandado de condução coercitiva contra Lula.
(Por Alexandre Caverni e Eduardo Simões)