BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, afirmou nesta quinta-feira que a inclusão de provas advindas de depoimentos de executivos da Odebrecht “extrapola” a demanda inicial da ação, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico.
“Há evidente extrapolação da demanda”, disse, ao retomar o julgamento da ação na tarde desta quinta-feira, argumentando que o a Justiça Eleitoral não pode gerar instabilidade.
“Não se pode admitir a alteração da causa de pedir”, defendeu.
A maioria dos ministros TSE já se manifestou a favor de excluir depoimentos de delatores da Odebrecht no julgamento da chapa Dilma-Temer.
Em intervenções durante o intenso debate sobre o tema, na manhã desta quinta-feira, posicionaram-se a favor da exclusão quatro dos sete ministros do TSE: o presidente da corte, Gilmar Mendes, e os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Sinalizaram a favor da manutenção dos depoimentos os ministros Luiz Fux e Rosa Weber, além, é claro, do relator, Herman Benjamin.
(Reportagem de Ricardo Brito e Maria Carolina Marcello)