Por MacDonald Dzirutwe
HARARE (Reuters) - O Zimbábue terá eleições gerais no dia 30 de julho, anunciou o presidente Emmerson Mnangagwa nesta quarta-feira, uma votação que ele prometeu ser livre e justa e que contará com monitoramento internacional, após a queda do ex-líder Robert Mugabe, de 94 anos.
Mnangagwa, que assumiu o poder depois do golpe militar de novembro contra Mugabe, conta com a eleição para fortalecer sua legitimidade enquanto tenta colocar em prática sua promessa de romper com as políticas repressivas de Mugabe e ao mesmo tempo convencer investidores estrangeiros a voltarem ao Zimbábue.
Pela primeira vez em 20 anos as cédulas não contarão com os maiores gladiadores políticos da nação, Mugabe e Morgan Tsvangirai, líder de longa data do opositor Movimento para a Mudança Democrática (MDC) que morreu de câncer em fevereiro.
Mnangagwa convidou a Commonwealth (Comunidade Britânica) a monitorar a votação no Zimbábue pela primeira vez desde 2002, quando Harare foi suspensa do grupo devido a acusações de fraude eleitoral, e pediu a refiliação de seu país à organização.
Uma certificação de monitores internacionais à eleição poderia representar um passo essencial para a retomada da ajuda financeira de credores estrangeiros pela primeira vez em duas décadas.