Por Hyonhee Shin e Ju-min Park
SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul pretende mandar um enviado especial à Coreia do Norte em resposta a um convite do líder Kim Jong Un, disse o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ao presidente norte-americano, Donald Trump, por telefone, na quinta-feira.
Os dois presidentes debateram visitas recentes de autoridades norte-coreanas de alto escalão à Coreia do Sul, informou a Casa Azul (SA:AZUL4) presidencial em Seul em comunicado.
A Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, no mês passado, fortaleceu uma reaproximação recente entre as duas Coreias depois de mais de um ano de tensões crescentes devido ao programa de mísseis e do sexto e maior teste nuclear de Pyongyang, em desafio a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).
"(Moon e Trump) concordaram em continuar a se esforçar para rumar para a desnuclearização da península coreana mantendo o ímpeto do diálogo sul-norte", disse o comunicado da Casa Azul.
Em Washington, um comunicado da Casa Branca sobre a conversa dos dois líderes informou que Moon inteirou Trump a respeito de "desdobramentos relativos à Coreia do Norte e às conversas intercoreanas", mas não deu detalhes.
"O presidente quer continuar trabalhando com a Coreia do Sul. É um aliado forte. Não temos discórdias entre nós. Continuaremos estas conversas", disse a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, a repórteres.
"O objetivo final é desnuclearizar a península. É nisto que estamos concentrados, e estamos animados com quaisquer passos adiante nesse processo", acrescentou.
Ao encaminhar um enviado a Pyongyang, Moon disse que responderá ao envio norte-coreano de delegações de alto nível à Olimpíada de Inverno, que incluíram a irmã do líder Kim Jong Un, Kim Yo Jong, a primeira integrante da linhagem governista da Coreia do Norte a visitar o vizinho do sul desde a Guerra da Coreia (1950-53).
Kim Yo Jong entregou o convite de seu irmão para Moon visitar Pyongyang. Tal visita marcaria a primeira reunião intercoreana desde 2007.