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PSDB e PSL, partido de Bolsonaro, votam fechados por voto aberto para eleger presidente do Senado

Publicado 01.02.2019, 22:18
Atualizado 01.02.2019, 22:20
© Reuters. Plenário do Senado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - As bancadas de senadores do PSDB e do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, se posicionaram na noite desta sexta-feira fechados a favor do voto aberto para a escolha do presidente do Senado, segundo a lista de votantes feita pela Mesa Diretora.

Numa derrota para o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o plenário do Senado decidiu --por 50 votos a favor e 2 contra-- pelo voto aberto para a sucessão do comando da Casa.

A sessão transcorre com os ânimos exaltados e fortes protestos de Renan e aliados porque a decisão do voto aberto ocorreu durante reunião do plenário comandada pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que também é pré-candidato a presidente do Senado.

Até o momento, não se sabe como será a sessão de votação porque os derrotados não aceitam que se vote de forma aberta, sob a alegação de que isso contrariaria o regimento interno da Casa. Os favoráveis, por seu lado, argumentam que a maioria se sobrepõe a um entendimento regimental.

Há tentativa de se costurar um acordo para que Alcolumbre deixe o comando dos trabalhos e outro parlamentar conduza a sessão. Alcolumbre quer ter a "garantia" para que não se derrube a decisão anterior que determinou a votação aberta.

No PSDB, que fechou questão para votar no senador do DEM, todos os 8 senadores votaram a favor do voto aberto: Antonio Anastasia (MG), Izalci Lucas (DF), José Serra (SP), Mara Gabrilli (SP), Plínio Valério (AM), Roberto Rocha (MA), Rodrigo Cunha (AL) e Tasso Jereissati (CE).

A bancada do PSL, partido de Bolsonaro, também votou unida pelo voto aberto: Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente, Major Olímpio (DF), Selma Arruda (MT) e Soraya Thronicke (MS).

Os 5 senadores do Podemos também votaram nessa linha: Alvaro Dias (PR), Elmano Férrer (PI), Oriovisto Guimarães (PR), Romário (RJ) e Rose de Freitas (ES).

A Rede Sustentabilidade, que sempre defendeu a votação aberta, também se manifestou unânime pelo voto aberto: Fábio Contarato (ES), Flávio Arns (PR), Randolfe Rodrigues (AP) e Styvenson Valentim (RN).

No PSD, a segunda maior bancada do Senado e que costura uma aliança com Alcolumbre, votou em peso pelo voto aberto. Dos 10 integrantes da bancada, 9 se posicionaram assim: Coronel Ângelo (BA), Arolde de Oliveira (RJ), Carlos Viana (MG), Lasier Martins (RS), Lucas Barreto (AP), Nelsinho Trad (MS), Omar Aziz (AM), Otto Alencar (BA) e Sérgio Petecão (AC).

© Reuters. Plenário do Senado

No MDB, a maior bancada e que escolheu Renan na véspera para se candidatar a presidente do Senado, 4 de 13 senadores se manifestaram pelo voto aberto: Dário Berger (SC), Jarbas Vasconcelos (PE), Márcio Bittar (AC) e Simone Tebet (MS), derrotada pelo alagoano na indicação do partido.

Outras bancadas decidiram pelo voto aberto da seguinte forma: PSB (3 dos 3 senadores), PR (2 dos 2 senadores), PPS (2 dos 3), PROS (1 de 4), PP (4 de 6), DEM (3 de 4), PSC (1 de 1) e o senador Reguffe (sem partido-DF).

Votaram contra a sessão aberta o líder do MDB, Eduardo Braga (AM), e a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE).

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