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Radar da Previdência: 10 sinais sobre o andamento da reforma

Publicado 12.12.2017, 02:07
Atualizado 12.12.2017, 10:07
© Reuters.  Radar da Previdência: 10 sinais sobre o andamento da reforma
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Money Times - Mais uma rodada de declarações sobre a aprovação ou não da reforma da Previdência antes do recesso influenciou o mercado nesta segunda-feira (11). Os ativos brasileiros iniciaram o dia com ganhos, animados pela possibilidade de o PSDB fechar questão em torno da pauta na quinta-feira (14) e o projeto ser apreciado na semana que vem. Ao longo do dia, porém, repercutiu mal a fala de Rodrigo Maia reiterando a dificuldade de votar o texto em plenário. O Ibovespa fechou perto do zero a zero, o dólar subiu e os juros futuros anularam a queda da manhã.

O Money Times listou, a seguir, 10 declarações de importantes figuras ou consultorias em Brasília para dar uma ideia da alta temperatura do caldeirão político que ferve com as articulações finais do governo:

1 – Não joguei a toalha! – Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira

“O que eu digo é que, se não der para aprovar neste ano, vamos aprovar no ano que vem. Eu não joguei a toalha”, afirmou Oliveira. “Quanto mais tempo levar para aprovar a reforma, mais duras terão de ser as medidas de correção”, acrescentou.

2 – Provavelmente não vai acontecer – Consultoria política Eurasia

“Mantemos nossa visão de que o governo provavelmente não aprovará a reforma da Previdência esse ano. (…) Porém, não descartamos completamente a possibilidade de vitória do governo; não se pode desprezar o poder de barganha do Executivo junto aos parlamentares em um cenário estrutural de escassez de recursos menos de um ano antes das eleições de 2018. A chance de aprovação, na nossa visão, continua em 40%, com viés de baixa”. Declarações postadas na Bloomberg.

3 – Sérias dificuldades – Consultoria Pulso Público

“O Planalto deve ter sérias dificuldades para angariar os votos necessários à aprovação da previdência no curto período que resta antes do recesso de fim de ano, tendo em vista a necessidade de votação do Orçamento e as incertezas que repousam sobre os votos da própria base”

4 – 50 indecisos – Carlos Marun (PMDB-MS)

“É crescente o número de votos conquistados aqui no Parlamento. Todo dia cresce, talvez ainda nem tanto quanto nós estamos necessitando, mas é crescente. Por outro lado, é crescente também a conscientização da sociedade brasileira em relação à necessidade da reforma. Então, isso me faz ser muito otimista no sentido de que nós conseguiremos, sim, iniciada a discussão na próxima quinta-feira (14), nós conseguiremos votar com vitória essa reforma na próxima semana”, declarou Marun. Ele calcula que cerca de 40 a 50 deputados ainda estão indecisos sobre o apoio à reforma.

5 – Ainda na UTI – Economista-chefe da Rio Bravo Investimentos, Evandro Buccini

“O Brasil está em uma situação fiscal ainda delicada. Digamos que o paciente parou de piorar, mas ainda está na UTI e os médicos estão ainda debatendo qual é o melhor tratamento”, disse Buccini ao Money Times.

6 – Não vou pautar sem certeza – Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

“Eu não vou pautar uma matéria dessa se a gente não tiver muita clareza de ter mais de 308 votos. Não é bom para o Parlamento, e muito menos para o Brasil, ter uma votação com resultado ruim. Até porque, se a expectativa for de derrota, o resultado será pior ainda daquele projetado antes da votação”, enfatizou, ao participar de reunião com representantes do agronegócio na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Para Maia, o cenário não é favorável para que o texto seja votado ainda na próxima semana, antes do recesso parlamentar. “Olhando, de hoje para a próxima terça-feira, não é fácil votar a matéria”.

7 – Se não querem a reforma, deixem o PSDB – Ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Moreira Franco

Para o ministro, o PSDB tem, em seu programa, o compromisso com a modernização do Estado e da sociedade brasileira, tanto que o debate sobre a reforma da Previdência foi introduzido no governo Fernando Henrique Cardoso. Moreira Franco sugeriu que deputados contrários à reforma deixem o PSDB. “Ninguém é obrigado a continuar no partido. O PMDB (partido do ministro) fechou questão, em outras ocasiões, e puniu quem não cumpriu, porque assim tem que ser”, disse.

8 – PSDB pressionado – Deputado Beto Mansur (PRB-SP)

“Ele (Alckmin) vai trabalhar junto à bancada do PSDB. Eu vou ter surpresa se o PSDB não for no mesmo caminho que o candidato do partido à Presidência da República”, disse Mansur.

9 – Não temos saída – secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida

“Os brasileiros vivem mais e as famílias hoje têm menos filhos. Sem reforma da previdência não conseguiremos pagar a conta ou teremos que aumentar excessivamente a carga tributária. A pergunta que você deve fazer é: existe alguma proposta alternativa de reforma da previdência que proteja mais os pobres do que a proposta atual de reforma da previdência do governo? Acho que a resposta é não”, disse em sua conta no Twitter.

10 – Ou faz agora, ou viramos a Grécia – Secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano

“Ainda hoje é possível fazer uma reforma que respeite os direitos adquiridos, sem que a gente precise passar por situações como [a da] Grécia ou Portugal, em que houve a necessidade de reduzir os benefícios”, afirmou.

Por Money Times

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