Por Ginger Gibson
CLEVELAND, Estados Unidos (Reuters) - Com seu companheiro de chapa já definido e o aparente endosso do Partido Republicano dos Estados Unidos, Donald Trump se prepara nesta semana para um momento nobre em sua campanha que parecia improvável um ano atrás: a confirmação como candidato a presidente pelo partido.
A nomeação do empresário deve acontecer ao final da Convenção Nacional do Partido Republicano, que começa na segunda-feira em Cleveland e durará quatro dias. De modo a se adequar à extravagância de Trump, a convenção desta vez deve abordar assuntos mais leves do que em ocasiões passadas.
De acordo com o coordenador de campanha Paul Manafort, a convenção vai focar na personalidade de Trump, desde seu ambiente familiar até seus interesses comerciais, e no fim irá mostrar que ele está pronto para ser presidente.
"Eu acho que nós vamos ver mais sobre a pessoa", disse.
No sábado, Trump deu mais uma mostra de toda sua teatralidade, moldada ao longo dos anos como estrela de reality show na televisão.
Enquanto apresentava oficialmente o vice-presidente em sua chapa, o governador do estado de Indiana Mike Pence, Trump desviava do assunto seguidas vezes para bater em sua adversária democrata Hillary Clinton e exaltar seu próprio tino empresarial.
Ele reconheceu, no entanto, que escolheu Pence, um cristão conservador, para ajudar a fortalecer um partido que teve muita dificuldade para se unir em prol do magnata do ramo imobiliário com seu estilo não-ortodoxo e meio improvisado de campanha. Foi como se ele admitisse que precisasse do "yin" do político veterano para contrabalancear seu "yang" na preparação para as eleições de 8 de novembro.
A entrevista de Trump no sábado foi a última dele nos microfones antes do discurso da próxima quinta-feira, quando ele já falará como candidato republicano.
"O discurso da convenção será o momento mais importante da campanha, diante da maior audiência possível de televisão", disse o marqueteiro do Partido Republicano Matt Mackowiak.