Investing.com - A pré-candidata pela Rede, Marina Silva, declarou, nesta terça-feira, que as reformas da Previdência, política e tributária serão tratadas com prioridade caso seja eleita presidente da República em outubro. Além disso, a ex-senadora avisou que não vai “tirar nenhum coelho da cartola” em relação à economia.
Sobre a reforma da Previdência, Marina destacou que não concorda com o projeto que foi enviado pelo governo de Michel Temer ao Congresso. Na visão dela, o presidente não tem a legitimidade suficiente para conduzir as reformas necessárias.
Em relação à reforma tributária, a ex-senadora defendeu que a estrutura precisa ser mais simplificada e, se possível, criar um imposto único. “Não dá para ser populista e dizer que dá para reduzir tributos, mas também não devemos aumentá-los”.
O compromisso de Marina com gastos públicos e reformas pode abrir caminho para que ela avance em um eleitorado de direita que se alinham com as candidaturas pouco populares como de Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Flavio Rocha ou Rodrigo Maia, abertamente reformistas.
Marina participou como palestrante da 19ª Conferência Anual de Investidores do Santander (SA:SANB11) e estava acompanhada do Eduardo Giannetti da Fonseca e Basileu Margarido, que integram a sua equipe econômica. Além disso, a candidata da Rede afirma receber colaboração do economista André Lara Rezende e, sobre a reforma tributária, do Instituto de Cidadania Fiscal, de Bernard Appy.
Marina domina cenário eleitoral, diz Datafolha
A pesquisa Datafolha divulgada no final de semana mostra Marina Silva como uma das principais favorecidas com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-ministra do Meio Ambiente ganha entre 5 e 6 pontos percentuais em cenários sem o petista e empata tecnicamente com o deputado federal Jair Bolsonaro com, respectivamente, 15% e 17% de intenções de votos na pesquisa estimulada.
De acordo com a pesquisa, Marina só é superada por Lula em um eventual segundo turno. A candidata supera Bolsonaro com larga margem, contando com 44% das intenções de voto, contra 31% do deputado e ampliaria contra Geraldo Alckmin com 44% a 27%.