Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O Senado norte-americano confirmou na noite de segunda-feira a nomeação do deputado Mike Pompeo como diretor da CIA do governo de Donald Trump, após um atraso ligado a preocupações de alguns parlamentares de que ele poderia aumentar a vigilância e permitir o uso de certas técnicas de interrogatório que são amplamente consideradas como torturas.
Em votação, 66 senadores apoiaram Pompeo e 32 votaram contra. Toda a oposição foi composta por democratas, exceto pelo senador Rand Paul, republicano que pede controle estrito de vigilância. Pouco depois, Pompeo foi empossado pelo vice-presidente Mike Pence.
Alguns senadores consideram que Pompeo, de 53 anos, não se comprometeu com firmeza suficiente para permitir somente o uso de técnicas de interrogatório que estão no Manual de Campo do Exército, como requerido pela lei, e não a volta de simulações de afogamento e outras "técnicas exageradas de interrogatório" usadas pela CIA nos anos após os ataques de 11 de Setembro.
O antecessor de Trump, Barack Obama, assinou um decreto presidencial em 2009 banindo o afogamento simulado e outras técnicas de interrogatório consideradas abusivas e denunciadas por muitos parlamentares e grupos de direitos humanos como formas de tortura.