SÃO PAULO (Reuters) - O governo do Estado de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, em parceria com a prefeitura de São Paulo, o lançamento de um chamamento público para propostas para a concessão do sistema de bilhete único de transportes na capital paulista.
Com a medida, Estado e município esperam cortar custos de 238 milhões de reais - sendo 107 milhões da prefeitura e 53 milhões do Estado - gerados pela manutenção e operação do sistema de bilhetagem, que será repassado à iniciativa privada.
“Tivemos (Estado e prefeitura) um prejuízo de mais de 100 milhões de reais com fraudes. O setor privado terá condições muito mais avançadas e rápidas de combate à fraude”, disse no anúncio o prefeito paulista, João Dória (PSDB), sem dar detalhes sobre o período de perdas.
"Todo o sistema será colocado em celulares e smartphones. Vamos seguir nessa linha, gradualizando a transição para a tecnologia muito mais moderna dos celulares", acrescentou.
Atualmente o sistema de bilhete único é aceito em ônibus, metrôs e trens da capital. Ao todo, são 14,4 milhões de cartões ativos e 13,6 milhões de viagens realizadas diariamente.
O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) reiterou que não haverá custo adicional para os usuários e que a iniciativa privada poderá obter receitas com novas possibilidades de exploração do sistema.
Governador e prefeito também garantiram, sem dar detalhes, a segurança dos dados dos consumidores, ponto questionado por ativistas de privacidade.
O prefeito afirmou que algumas empresas do setor privado manifestaram interesse no sistema de bilhetagem, no entanto, não quis identificá-las ou dar mais detalhes.
Os interessados terão até 40 dias para apresentar seus estudos. Prefeitura e Estado esperam que o sistema seja concedido até o final deste ano ou início de 2018.
(Por Natália Scalzaretto)