CARACAS (Reuters) - A Suprema Corte da Venezuela aprovou na noite de quinta-feira o decreto de "emergência econômica" emitido pelo presidente Nicolás Maduro, abrindo caminho para uma disputa após o Congresso venezuelano ter rejeitado a medida no mês passado.
O decreto de Maduro inclui uma ampliação dos poderes executivos para controlar o orçamento, empresas e o câmbio, em meio a uma grave crise econômica no país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A nova Assembleia Nacional, liderada pela oposição, derrubou a medida no fim de janeiro, apontando que não oferecia soluções reais para a recessão, a escassez de produtos e a inflação.
No entanto, em decisão publicada em sua página na Internet, a Suprema Corte concedeu a Maduro os poderes executivos requisitados, abrindo caminho para uma batalha institucional.
"O decreto de emergência econômica foi ativado agora", comemorou Maduro em pronunciamento na televisão estatal. "Então, nos próximos dias eu vou ativar uma série de medidas em que venho trabalhando. Isso realmente ajuda o nosso trabalho".
A oposição venezuelana criticou o que disse se tratar de um Judiciário subserviente que prejudica a democracia.
"A Suprema Corte não pode usurpar os poderes do Legislativo", disse o parlamentar de oposição Juan Guaido no Twitter.