BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira que a sessão para apreciar os vetos presidenciais, canceladas por falta de quórum na semana passada, ficarão mesmo para novembro, apesar do governo ter originalmente a intenção de tentar novamente votá-los esta semana ou na próxima.
Temer almoçou com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e, apesar das informações de que o deputado estaria procurando uma aproximação com o governo, o vice-presidente garantiu que a conversa foi apenas sobre a agenda do Congresso.
"Tratamos das questões do Congresso, especialmente da questão dos vetos. Chegamos à conclusão de que se deve deixar para o mês que vem. Segundo ponto é que tentamos também agilizar a votação da DRU (Desvinculação das Receitas da União) e os demais projetos que estão ainda na Comissão de Constituição e Justiça e o presidente Eduardo Cunha vai cuidar, ajudar e agilizar estes projetos", disse, ao chegar de volta ao Palácio do Planalto depois do almoço com o presidente da Câmara.
Temer negou que tenha conversado com Cunha sobre as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre os ritos para um processo de impeachment, mas disse que a decisão "está bem" e que decisão judicial "se cumpre".
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)