BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer disse que o governo vai trabalhar até a próxima terça-feira para garantir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados e defendeu como "fundamental" a votação neste ano.
Mas se não for possível, acrescentou, a apreciação da matéria ficará para 2018.
"Se tiver os 308 votos, vai a voto agora. Caso contrário, se espera o retorno de fevereiro, marca-se a data em fevereiro", disse Temer nesta terça-feira, em rápida entrevista na saída de uma recepção ao presidente da Macedônia, Gjorge Ivanov, no Palácio do Itamaraty.
Mais tarde, em evento no Palácio do Planalto, Temer ressaltou: “É fundamental que votemos a reforma da Previdência ainda este ano.”
“Não vamos ter a ilusão de que candidatos a presidente, governador e deputado federal, tendo em vista a relevância que se deu à Previdência Social, que não sejam eles questionados sobre essa matéria durante a campanha", argumentou Temer.
"Vão ter que definir durante a campanha... o presidente candidato, o governador candidato, o deputado federal candidato vai ter que dizer qual é a posição dele com relação à Previdência. Ora, se é assim, é melhor resolver isso logo.”
Temer disse ter telefonado para cumprimentar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pela eleição para presidente do PSDB. Perguntado sobre sua posição sobre um eventual fechamento de questão do PSDB, ele respondeu: "É uma questão do PSDB, mas todos lá estão trabalhando para fechar questão", afirmou.
O presidente destacou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou o início da discussão da reforma da Previdência no plenário da Casa para a quinta-feira. Temer avaliou que, com o debate, será possível esclarecer pontos que, segundo ele, estão com "divulgação equivocada".
Mais uma vez, o presidente disse que não haverá mudanças na aposentadoria rural e frisou que quem ganha mais não vai perder.
(Reportagem de Ricardo Brito)