Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer fará um pronunciamento na tarde desta terça-feira, no Palácio do Planalto, para responder à denúncia apresentada na véspera pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal.
Temer passou a manhã reunido com parte da sua equipe de comunicação --entre eles o secretário de Comunicação da Presidência, Márcio Freitas, e o marqueteiro do PMDB, Elsinho Mouco, e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco-- para definir o formato e o tom da resposta, e acabou optando por uma declaração à imprensa, marcada para 14h30.
O presidente deve enfatizar que o procurador-geral tenta condená-lo sem provas e que há uma tentativa de criminalizar a política. Esse já vem sendo o argumento do Planalto desde o pedido de abertura de inquérito contra Temer, mas a intenção do governo é reforçá-lo e dar discurso à base aliada para defender o presidente no Congresso.
Na noite de segunda-feira, depois da apresentação da denúncia pela PGR, Temer ficou reunido com ministros da Casa e líderes do governo até às 23h, mas optou por manter o silêncio. A informação da Presidência é que as denúncias seriam respondidas pelo seu advogado, Antonio Mariz.
No entanto, o espaço que a denúncia e o relatório da Polícia Federal --que pede o indiciamento por obstrução da Justiça-- ocuparam fez com que o Planalto concluísse que o próprio Temer precisa falar.