Por Kylie MacLellan e William James
LONDRES (Reuters) - Provocando a oposição a respeito dos direitos das mulheres e de uma batalha acirrada por sua liderança, a nova premiê britânica, Theresa May, encantou seu partido em sua primeira sessão das Perguntas à Primeira-Ministra no parlamento com uma atuação segura que rendeu comparações com Margaret Thatcher.
Ao comparecer nesta quarta-feira para o questionamento de 30 minutos feito por parlamentares, o evento que mais suscita interesse na semana política britânica, May foi saudada em altos brados pelos colegas do Partido Conservador sentados às suas costas.
May foi escolhida para ocupar o principal cargo do Reino Unido uma semana atrás, depois que David Cameron renunciou em reação ao referendo de 23 de junho que decidiu a separação do país da União Europeia, herdando a tarefa difícil de unir sua legenda e negociar a saída do bloco.
May, que se apresenta como uma líder séria, pragmática e sóbria, iniciou seus comentários saudando a queda no desemprego e delineando planos para visitar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da França, François Hollande.
Depois ela se voltou contra o Partido Trabalhista, cujo líder, Jeremy Corbyn, está envolto em uma disputa de poder na qual a única mulher desistiu de concorrer na terça-feira. May enfatizou que seu partido fez dela a segunda primeira-ministra do país desde Thatcher.
"Nos meus anos aqui nesta casa, passei muito tempo ouvindo o Partido Trabalhista perguntar o que o Partido Conservador faz pelas mulheres. Bem, ele continua a nos tornar primeiras-ministras!", disse.
"O Partido Trabalhista pode estar prestes a passar vários meses brigando e se fazendo em pedaços. O Partido Conservador irá passar estes meses voltando a unir o país."