VIENA (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, manteve uma postura rígida contra a Rússia durante visita à Europa nesta quinta-feira, dizendo em frente a seu equivalente russo que Washington irá manter suas sanções contra o país inalteradas até que Moscou deixe a Ucrânia.
O conflito entre forças da Ucrânia e separatistas apoiados pela Rússia tomou mais de 10 mil vidas desde que começou em 2014. A Rússia nega acusações de que teria alimentado o conflito e fornecido armas e combatentes.
Falando durante uma reunião de ministros de Relações Exteriores da Organização para Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), Tillerson foi ainda mais longe na descrição do envolvimento da Rússia no conflito e das consequências que enfrenta do que no dia anterior quando encontrou com aliados da Otan em Bruxelas.
"Nós devemos ser claros sobre a fonte dessa violência", disse, em referência às crescentes violações de cessar-fogo registradas pela Missão Especial de Monitoramento de observadores da OSCE no leste da Ucrânia.
"A Rússia está armando, liderando, treinando e lutando ao lado de forças anti-governo. Nós pedimos que a Rússia e seus representantes encerrem seu assédio, intimidação e seus ataques contra a missão especial de monitoramento da OSCE", acrescentou.
"No leste da Ucrânia nós nos juntamos a nossos parceiros europeus na manutenção das sanções até que a Rússia retire suas forças da região Donbass e cumpra seus compromissos de Minsk", disse Tillerson, se referindo a um acordo anterior para promover a paz na Ucrânia.
(Reportagem de Francois Murphy)