Por Jeff Mason
NOVA YORK (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que ambos os lados foram culpados pelos confrontos na Virgínia durante o fim de semana, acrescentando que os manifestantes de esquerda atacaram violentamente os nacionalistas brancos que participavam de um protesto.
Trump foi fortemente criticado por seus comentários iniciais culpando "muitos lados" pela violência em Charlottesville, mas na segunda-feira condenou explicitamente os representantes neonazistas.
"Eles foram uns contra os outros ... era uma coisa horrível de assistir", disse Trump a jornalistas em resposta a perguntas no lobby da Trump Tower, antes de acrescentar que os manifestantes de esquerda "atacaram violentamente o outro grupo".
O presidente insistiu que nem todos os fatos são conhecidos após a manifestação de grupos de extrema-direita que se tornou violenta na Virgínia.
Trump vem enfrentando uma avalanche de críticas de democratas e de membros de seu próprio Partido Republicano devido à sua resposta inicial aos episódios de violência de sábado em torno da manifestação em Charlottesville.
O problema surgiu depois que centenas de nacionalistas brancos convergiram em Charlottesville para protestar contra planos de remover uma estátua do general Robert E. Lee, comandante do Exército confederado pró-escravidão na Guerra Civil dos EUA.
As brigas de rua explodiram quando os nacionalistas brancos encontraram com manifestantes contra o racismo. Um carro foi lançado contra o grupo antirracismo, matando uma mulher e ferindo outras 19 pessoas.
Na terça-feira, Trump explicou sua resposta inicial restrita dizendo: "a declaração que fiz no sábado, a primeira afirmação, foi uma boa declaração, mas...demora um pouco para obter os fatos".
Mais cedo, o presidente criticou os líderes empresariais que renunciaram a um conselho consultivo presidencial em protesto à sua reação, chamando-os de "exibidos".
Três líderes empresariais abandonaram um conselho de Trump na segunda-feira, e nesta terça-feira Scott Paul, presidente da Aliança Americana de Manufaturas, disse no Twitter que também estava renunciando à iniciativa "porque é a coisa certa para eu fazer".