Por James Oliphant e Ben Blanchard
BEDMINSTER, EUA/PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou a Coreia do Norte nesta quinta-feira que o país será atingido por “fogo e fúria” caso ameace os EUA.
Anteriormente, Pyongyang disse estar pronta para dar a Washington uma “severa lição” com sua força nuclear estratégica em resposta a qualquer ação militar norte-americana.
Washington advertiu que está preparada para usar força caso seja necessário para impedir os programas balístico e de mísseis da Coreia do Norte, mas disse preferir ação diplomática global, incluindo sanções.
As consequências de um ataque norte-americano seriam possivelmente catastróficas para membros militares sul-coreanos, japoneses e norte-americanos dentro de alcance de ataques retaliatórios da Coreia do Norte.
“Melhor a Coreia do Norte não fazer mais ameaças aos Estados Unidos. Ela será atingida por fogo e fúria como o mundo nunca viu”, disse Trump a repórteres no Trump National Golf Club, em Bedminster, no Estado norte-americano de Nova Jersey.
Anteriormente nesta terça-feira, o Ministério da Defesa do Japão informou que “é concebível que o programa de armas nucleares da Coreia do Norte já tenha avançado consideravelmente e é possível que a Coreia do Norte já tenha alcançado a miniaturização de armas nucleares e tenha adquirido ogivas nucleares”.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs unanimemente no sábado novas sanções sobre a Coreia do Norte por seus contínuos testes de mísseis que podem reduzir em um terço a receita anual de exportação de 3 bilhões de dólares do recluso país.
A Coreia do Norte informou que as sanções infringem sua soberania e que está pronta para dar a Washington uma “severa lição” com sua força nuclear estratégica em resposta a qualquer ação militar norte-americana.
A Coreia do Norte não escondeu seus planos de desenvolver um míssil de ponta nuclear capaz de atingir os Estados Unidos e ignorou pedidos internacionais para interromper seus programas nuclear e de mísseis.
A Coreia do Norte diz que seus mísseis balísticos intercontinentais são meios legítimos de defesa contra perceptível hostilidade norte-americana. O país acusa há tempos os EUA e a Coreia do Sul de aumentarem tensões ao conduzirem exercícios militares.