Por Jeff Mason e Keith Coffman
PHOENIX (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi ovacionado por apoiadores na terça-feira ao defender sua resposta a uma manifestação organizada por supremacistas brancos no Estado da Virgínia e prometer paralisar o governo, se necessário, para construir um muro ao longo da fronteira com o México.
Alvo de críticas por dizer que "os dois lados" tiveram culpa pela violência entre supremacistas brancos e manifestantes de esquerda na Virgínia no dia 12 de agosto, Trump acusou redes de televisão de ignorarem seus pedidos de união após os acontecimentos.
"Eu não disse que amo você porque você é negro, ou que amo você porque você é branco. Eu amo todas as pessoas de nosso país", disse.
A polícia usou spray de pimenta para dispersar uma multidão depois que manifestantes atiraram pedras e garrafas do lado de fora do centro de convenções onde Trump discursou, segundo a polícia.
Trump, que muitas vezes usa a imprensa como bode expiatório, voltou a destacar a mídia em suas críticas pela forma como esta cobriu os episódios de violência em Charlottesville, cidade da Virgínia, e seus desdobramentos políticos.
"Estas são pessoas verdadeiramente desonestas. São pessoas más. Eu realmente acho que elas não gostam do nosso país", disse o presidente. "As únicas pessoas dando uma plataforma a estes grupos de ódio são a mídia".
Trump disse que muitos repórteres ignoraram sua condenação dos supremacistas brancos, incluindo a Ku Klux Klan. "Eu bato neles com neonazistas, eu bato neles com tudo... KKK? Temos KKK. Tenho todos eles", disse.
James Clapper, ex-diretor de Inteligência Nacional dos EUA, expressou preocupação com o discurso de Trump, que classificou como "realmente assustador e perturbador".
"Questiono sua capacidade de exercer a função", disse Clapper à CNN.