Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O provável candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou na quarta-feira as críticas às suas táticas de campanha em um discurso abrangente no qual defendeu o uso que sua equipe fez de uma estrela de Davi em um anúncio e seu próprio elogio ao falecido líder iraquiano Saddam Hussein.
Em um comício na cidade de Cincinnati, no Estado norte-americano de Ohio, Trump desabafou sua frustração com uma cobertura jornalística que ele acredita estar determinada a desencaminhar sua candidatura e a ajudar sua rival democrata Hillary Clinton, ridicularizando em particular a CNN, que chamou de "Clinton News Network" (rede de notícias de Clinton).
O discurso de uma hora não deve tranquilizar os republicanos que gostariam que o empresário de Nova York direcionasse sua mensagem a ataques a Hillary de forma a unir o partido em torno de seu nome na convenção de Cleveland entre os dias 18 e 21 de julho, na qual deve ser indicado formalmente.
Trump se mostrou especialmente animado ao defender o que foi visto como uma estrela judia em um tuíte da semana passada que descreveu Hillary como corrupta. A estrela foi substituída por um emblema redondo após as críticas, mas o incidente rendeu dias de polêmica.
Trump disse acreditar que a estrela se parecia mais com um distintivo de xerife, e descreveu como "doentes" as pessoas da mídia de notícias que a classificaram como uma estrela judia ou estrela de Davi.
Mais tarde, o magnata tuitou uma imagem de um personagem de um livro ligado à animação "Frozen", da Disney, que usou uma estrela de formato semelhante na capa.
"Onde está a revolta com este livro da Disney? Também é a 'estrela da Davi'? Mídia desonesta! #Frozen", escreveu ele no microblog.
No evento de campanha de Ohio, Trump também voltou a falar de Saddam depois de criar controvérsia na terça-feira por cumprimentá-lo pela maneira como lidou com militantes.
(Por Steve Holland)