Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciará nesta quarta-feira que os Estados Unidos reconhecem Jerusalém como a capital de Israel e que irão mudar sua embaixada para a cidade, rompendo com políticas de longa data dos EUA e potencialmente provocando tensões.
Apesar de alertas de aliados ocidentais e árabes, Trump orientará o Departamento de Estado, em um discurso à 13h (16h no horário de Brasília) na Casa Branca, para começar a procurar por um local para uma embaixada em Jerusalém, como parte do que deve ser um processo de anos para transferir as operações diplomáticas de Tel Aviv.
Trump deve assinar uma isenção de segurança nacional adiando a transferência da embaixada, uma vez que os Estados Unidos não têm uma estrutura de embaixada em Jerusalém para ocupar. Uma autoridade graduada do governo disse que pode demorar entre três e quatro anos para construir uma embaixada.
Entretanto, a decisão de Trump, uma promessa central de sua campanha eleitoral no ano passado, irá romper com décadas de políticas norte-americanas que têm visto o status de Jerusalém como parte de uma solução de dois Estados para israelenses e palestinos, que querem Jerusalém Oriental como sua capital.
Aliados de Washington no Oriente Médio advertiram contra as perigosas repercussões dessa decisão quando Trump conversou com eles na terça-feira.
"O presidente acredita que isso é um reconhecimento da realidade", disse uma autoridade que informou repórteres na terça-feira sobre o anúncio. "Estamos seguindo adiante com base em uma verdade que é inegável. É apenas um fato".