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Votação de 1ª emenda à recuperação dos Estados na Câmara indica que base se reorganizou, avalia relator

Publicado 19.04.2017, 18:05
© Reuters. Plenário da Câmara dos Deputados

BRASÍLIA (Reuters) - A votação na Câmara da primeira de 11 emendas ao projeto que estabelece um regime de recuperação fiscal a Estados super endividados, que resultou em uma vitória inicial para o governo, mostra que a base se reorganizou, avaliou o relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ).

A emenda em questão destacava uma parte do texto --justamente a que estabelece um rol de contrapartidas que os Estados terão de cumprir para aderir ao regime-- para avaliação dos deputados. Dos 402 deputados presentes, 302 votaram pela manutenção do texto, 98 votaram contra e 2 se abstiveram.

“O mérito foi que a gente conseguiu se reorganizar”, disse o relator a jornalistas. “E tivemos um resultado melhor do que o de ontem à noite”, afirmou, referindo-se à votação do texto base na noite da terça-feira, aprovado por 301 votos a 127.

Na véspera, o governo sofreu um revés ao não conseguir os 257 votos necessários para aprovar um requerimento de urgência para a reforma trabalhista, instrumento que permitira a supressão de prazos regimentais e possibilitaria a votação da proposta na próxima semana tanto na comissão quanto no plenário.

A intenção do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é colocar um novo requerimento de urgência para a reforma trabalhista ainda nesta quarta.

O projeto da recuperação dos Estados é objeto de mais 11 destaques. Alguns deles tentam retirar as contrapartidas exigidas, como a privatização de estatais nos setores financeiro, de energia, de saneamento e outros, além da redução de incentivos tributários e adoção, pelos Estados que optarem pelo regime de recuperação fiscal, de um regime próprio de previdência.   

© Reuters. Plenário da Câmara dos Deputados

Outras emendas focam nas vedações que serão impostas aos que aderirem ao regime, como os impedimentos à concessão de reajustes de salários do funcionalismo, de realização de concursos públicos ou de criação de cargos que impliquem em aumento de despesas.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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