Levantamento da organização Todos pela Educação mostra que 81% dos brasileiros que cursam algum tipo de Ensino Superior em áreas de licenciatura estão matriculados em modalidades de ensino à distância. Há 13 anos, em 2010, esse percentual era de 34%.
Os dados foram obtidos pelo Censo de Educação Superior 2022 do MEC (Ministério da Educação). Eis a íntegra do levantamento (PPTX – 3,6 MB).
Até 2022, a proporção de pessoas matriculadas em cursos EaD para licenciatura era de 65%. O valor estava muito acima da média para as formações em outras áreas, estimada em 31%. Segundo a organização, os dados preocupam pela baixa avaliação da qualidade das formações online.
“Isso significa que alguns poucos estão ganhando muito para que toda a educação brasileira tenha um prejuízo gigantesco. A gente precisa de professores de qualidade em cada sala de aula, é esse o fator que mais tem a ver com a qualidade da educação. E também porque todas as outras políticas públicas dependem do bom professor: o tempo integral, a alfabetização, a melhoria da gestão”, afirmou Priscila Cruz, presidente-executiva da Todos pela Educação, em vídeo oficial.
Conforme o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), a nota máxima de avaliação é 100. A maioria dos cursos de licenciatura online, porém, sequer atinge a metade dessa pontuação. O levantamento aponta, por exemplo, que as notas médias de cursos como educação física, química e pedagogia na modalidade à distância são, respectivamente, 31,28, 34,59 e 34,88.