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“Acabou minha folga”, diz Bolsonaro após PF ir à sua casa em Angra

Publicado 08.02.2024, 12:36
Atualizado 08.02.2024, 13:40
© Reuters “Acabou minha folga”, diz Bolsonaro após PF ir à sua casa em Angra

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse lamentar a operação da Polícia Federal desta 5ª feira (8.fev.2024), que apreendeu seu passaporte e mirou aliados como ex-ministros e ex-assessores ligados ao seu governo.

“Acabou minha folga”, disse ao portal Metrópoles. A corporação foi até sua casa em Angra dos Reis (RJ), onde está desde o início de janeiro. Em outro momento, disse não compreender a acusação de Golpe de Estado e que fez uma transição “sem problemas” com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“A pedido do Lula, nomeei os três comandantes de Força escolhidos por ele em dezembro. Como vou nomear comandante de Força dele e dar um golpe depois?”, falou.

O ex-presidente também disse que não tem medo de ser preso e que “hoje tudo pode acontecer com qualquer pessoa no Brasil. Em nome de salvar a democracia estão fazendo barbaridades”.

Entenda o caso

A Polícia Federal deflagrou nesta 5ª (8.fev) a operação Tempus Veritatis, que teve 33 alvos de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e 48 medidas alternativas, que incluem proibir o contato entre investigados, entrega de passaportes e suspensão do exercício de funções públicas.

As buscas são realizadas no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os presos estão os ex-assessores de Bolsonaro, Filipe Martins e Marcelo Câmara.

Entre os alvos, estão:

  • Jair Bolsonaro
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL;
  • general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional);
  • ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
  • Walter Braga Netto (PL), candidato a vice-Presidência do ex-presidente;
  • ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira;
  • general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres;
  • almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • assessor Tércio Arnaud Thomaz;
  • major reformado Ailton Barros

A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes. Na decisão, ele cita a tentativa de manter Bolsonaro no poder através de um Golpe de Estado.

Entre as provas encontradas pelo inquérito, está uma minuta avaliada por Bolsonaro, estavam previstas as prisões de Moraes, o ministro Gilmar Mendes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

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