Por Lisandra Paraguassu e Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente eleito e coordenador da transição de governo, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira que o debate sobre uma nova âncora fiscal para o país será feito "com calma" e em um outro momento.
"A questão da ancoragem fiscal vai ser debatida com mais calma, não é neste momento", disse Alckmin, quando indagado sobre o assunto em entrevista coletiva em Brasília.
Ele afirmou ainda que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tem histórico de responsabilidade fiscal nos dois mandatos na Presidência entre 2003 e 2010 e afirmou que a futura gestão do petista "não será um governo gastador".
"Agora, você precisa ter o mínimo para poder, de um lado, garantir a rede de proteção social, ainda mais neste momento de crise socioeconômica, e, de outro lado, o funcionamento do Estado", disse, em um momento em que a equipe de Lula discute uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tirar da regra do teto de gastos os desembolsos para famílias vulneráveis no âmbito do programa Bolsa Família.
Após anunciar mais nomes que integrarão a transição em diversas áreas, Alckmin também disse que o futuro ministério será anunciado por Lula no momento oportuno.