A avaliação do mercado financeiros sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), caiu durante o mês de setembro, diz a pesquisa Genial/Quaest. No período, o petista teve 46% de aprovação, em contraposição aos 65% de opiniões favoráveis no mês de julho.
O levantamento, divulgado na 2ª feira (18.set.2023), também revela dados referentes às expectativas para o futuro da economia do país e às aprovações de medidas anunciadas pelo governo Lula nos últimos meses, como o novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento). Eis a íntegra do estudo (PDF – 7 MB).
Na avaliação de 23% do mercado, Haddad tem um desempenho negativo à frente da equipe de economia do governo. Antes, o valor era de 11%. Já aqueles que consideram a gestão do petista regular subiu de 24% em julho para 31% em setembro.
Quanto às perspectivas para a economia, 36% dos entrevistados afirmaram esperar que a economia melhore nos próximos 12 meses, em contraposição aos 53% favoráveis em julho. No lado oposto, 34% citam piora na economia. Em julho, o grupo representava 21% das respostas. Os que defendem a estabilidade foram de 26% para 30%.
A pesquisa também questionou quais são os principais motivos por trás da dificuldade de recuperação econômica do país. 57% disseram que o principal problema é a falta de uma política fiscal efetiva; 22% culparam interesses eleitorais do governo; 15% responsabilizaram a baixa escolaridade e produtividade da população; e 6% acusaram a alta taxa de juros.
Novo PAC
Os entrevistados também tiveram a oportunidade de opinar sobre o novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) do governo federal, anunciado em agosto deste ano com um orçamento de R$ 1,7 trilhão para obras de infraestrutura em todo o país.
Segundo o levantamento, 71% dos respondentes disseram que o novo PAC é uma medida negativa. 29% avaliam a medida positivamente. Ainda assim, 86% acreditam que os valores anunciados não farão o país crescer.
Quanto ao objetivo do governo de zerar o deficit fiscal até o fim de 2024, 95% do mercado dizem não acreditar que a meta será atingida. Ao mesmo tempo, 86% afirmam que as medidas anunciadas para ajudar no objetivo, como a taxação de fundos exclusivos, não serão suficientes para acabar com dívida.
A pesquisa ouviu 87 fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, de 13 a 18 de setembro, por meio de entrevistas online para aplicação de questionários estruturados. Os públicos-alvo são gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro.