O publicitário Fabio Wajngarten, assessor de Jair Bolsonaro (PL), disse nesta 6ª feira (8.set.2023) que o ex-presidente não teve responsabilidade nos supostos desvios de bens recebidos pelo governo brasileiro no exterior.
Isso porque, segundo Wajngarten, Bolsonaro não tinha qualquer ingerência sobre a catalogação dos itens. Segundo o ex-secretário, a organização era responsabilidade do GADH (Gabinete Adjunto de Documentação Histórica), que adotou os procedimentos que entendeu correto e “sempre dentro da legislação”.
“O presidente Jair Bolsonaro jamais teve acesso às informações sobre os presentes, quem os recebeu, quem os catalogou e muito menos aferir seus valores ou quem ficou com a guarda dos mesmos”, escreveu.
A PF (Polícia Federal) investiga desde março a venda e o transporte ilegal de joias dadas de presente ao governo brasileiro. Na 5ª feira (7.set), a corporação aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro. O acordo ainda depende de homologação do STF (Supremo Tribunal Federal).
Cid é investigado em inquéritos que apuram a venda e o transporte ilegal de joias dadas de presente ao governo brasileiro, fraudes na carteira de vacinação de Bolsonaro e suposto envolvimento em conversas sobre um golpe de Estado. O último depoimento do militar à PF foi em 31 de agosto, quando ele passou 12 horas na sede da corporação.
Em nota, a defesa de Bolsonaro negou que ele tenha desviado ou se apropriado de bens públicos. Afirma que a movimentação bancária do ex-chefe do Executivo está à disposição da Justiça. No comunicado, declarou que ele “não teme absolutamente nada”, uma vez que não teria cometido nenhuma irregularidade. Eis a íntegra (110 KB).