SÃO PAULO (Reuters) -O presidente Jair Bolsonaro teve boa aceitação da dieta líquida oferecida durante o dia, o que motivou a retirada da sonda nasogástrica, e não precisará passar por uma cirurgia pois a obstrução intestinal que o levou a ser internado se desfez, informaram os médicos nesta terça-feira.
Segundo boletim médico, ainda não há previsão de alta do presidente, que foi hospitalizado em São Paulo na madrugada de segunda-feira após sentir-se mal na véspera.
"O Hospital Vila Nova Star informa que o senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, evoluiu com boa aceitação da dieta líquida ofertada durante o dia, o que motivou a retirada da sonda nasogástrica. O trato digestivo do paciente mostra sinais de recuperação. No momento, não há previsão de alta", disse o boletim divulgado no início da noite.
Mais cedo, o hospital havia informado que o quadro de suboclusão intestinal de Bolsonaro havia se desfeito, não havendo indicação cirúrgica.
O presidente, que está com 66 anos, fez uma curta caminhada nos corredores do hospital na segunda-feira e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, divulgou nesta terça uma foto dele andando no hospital com a sonda nasogástrica que fora colocada na véspera.
Bolsonaro foi internado depois de sofrer um desconforto abdominal no domingo, enquanto passava férias em Santa Catarina. No ano passado, o presidente também teve um quadro de obstrução intestinal, depois de 11 dias de crises ininterruptas de soluço. Na ocasião, também não foi necessária a realização de uma cirurgia, embora os médicos tenham chegado a considerar realizar a intervenção.
O presidente passou por cirurgias após sofrer um atentado a faca durante a campanha eleitoral de 2018, incluindo uma no dia da facada e procedimento de emergência para corrigir uma aderência intestinal dias depois. Também foi operado para retirar a bolsa de colostomia colocada após o atentado e para corrigir uma hérnia no local.
O anúncio de que Bolsonaro não precisará passar por uma nova cirurgia veio após a chegada no Brasil do médico Antônio Macedo, responsável pelo tratamento do presidente após a facada. Ele estava de férias com a família fora do país e retornou após a internação de Bolsonaro.
(Reportagem de Eduardo Simões e Ricardo Brito; Edição de Pedro Fonseca)