👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Câmara agenda sessão em homenagem à Marielle Franco e Anderson Gomes

Publicado 25.03.2024, 10:17
© Reuters.  Câmara agenda sessão em homenagem à Marielle Franco e Anderson Gomes

A Câmara dos Deputados agendou para esta terça-feira, 26, a realização de uma Sessão Solene em homenagem e memória da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, assassinados em março de 2018. O evento, requerido pela deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ), acontecerá dois dias após a prisão preventiva de três suspeitos apontados como mandantes do crime pela investigação da Polícia Federal (PF).

O requerimento da sessão, assinado ainda por outros parlamentares do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e do Partido dos Trabalhadores (PT), solicitava o agendamento da homenagem para o dia 19 de março, mas foi aceito depois das respostas obtidas pela Operação Murder Inc., realizada pela PF em parceria com a Procuradoria Geral da República (PGR) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).

As execuções, que completaram seis anos no dia 14 deste mês, são descritas no documento como "um crime bárbaro", que "representa um atentado contra o livre exercício do mandato parlamentar, a integridade da democracia e o próprio Legislativo brasileiro".

O texto ainda diz que a "violência política no Brasil vem tomando, nos últimos anos, proporções grandiosas e preocupantes", vitimizando, ofendendo e ameaçando diversos agentes políticos "por exercerem suas funções parlamentares". Além disso, o documento se insere na "jornada de luta em defesa dos direitos das mulheres que ocupa todo o mês de março", ressaltando que a maioria das vítimas de atentados políticos são "mulheres, pessoas negras e LGBTI+".

Justificando a importância da homenagem à vereadora e ao motorista assassinados, a deputada sinaliza que "desde 2018, em diversas partes do mundo, entre universidades, praças, casas legislativas e favelas onde Marielle tem sido homenageada de muitas maneiras, pergunta-se diariamente: quem mandou matar Marielle e Anderson? E por quê?".

Operação Murder Inc.

Neste domingo, 24, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou as prisões do deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), o irmão dele Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa. A decisão se deu no âmbito da investigação que apura a 'autoria intelectual' das execuções. As defesas dos três negam participação no crime.

A operação, que ainda apura crimes de organização criminosa e obstrução de justiça, foi deflagrada após o anúncio da homologação da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como o executor dos assassinatos. Também foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão na capital carioca expedidos pelo STF.

De acordo com a PF, a "repugnância" dos irmãos em relação à vereadora, que pode ter motivado o crime, se dava por sua atuação junto a comunidades em Jacarepaguá, reduto político dos Brazão na zona oeste do Rio, em sua maioria dominadas por milícias. Marielle teria atuado, segundo a PF, "notadamente no tocante à exploração da terra e aos loteamentos ilegais", atrapalhando a tramitação de um projeto de lei de autoria de Chiquinho Brazão.

A proposta, que "flexibilizava as exigências legais, urbanísticas e ambientais para a regularização dos imóveis" segundo a PF, foi rejeitada pela bancada do PSOL, mas acabou aprovada. Depois, a lei foi derrubada pela Justiça.

A PF aponta que "a divergência no campo político sobre questões de regularização fundiária e defesa do direito à moradia" é delineada pelos "indícios do envolvimento dos Brazão, em especial de Domingos, com atividades criminosas, incluindo-se nesse diapasão as relacionadas com milícias e 'grilagem' de terras".

Além disso, o conselheiro do TCE-RJ, segundo a Procuradoria-Geral da República, teria se aliado a funcionários de seu gabinete, uma advogada e um delegado da PF para fazer investigações em âmbito estadual "passarem longe dos reais autores do crime".

Já Rivaldo Barbosa foi empossado chefe da Polícia Civil do Estado do Rio no dia 13 de março de 2018, um dia antes das execuções. Na época, o Estado estava sob intervenção federal com o general Walter Braga Netto, que depois seria ministro da Defesa e da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), à frente. A nomeação foi feita pelo general Richard Nunes, à época no comando da Secretaria de Segurança Pública.

Encaminhados para o presídio federal de Brasília, os irmãos Brazão e o delegado ficarão em celas individuais. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos Brazão, e o advogado Alexandre Dumans, que representa o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, negam a participação deles no crime.

Além dos mandados de prisões e buscas, Moraes determinou bloqueio de bens; afastamento das funções públicas; e outras medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, entrega de passaporte e suspensão de porte de armas. O STF não especificou, em nota divulgada à imprensa, quem são os alvos dessas medidas.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.