O assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, Celso Amorim, comentou o xingamento da primeira-dama Janja da Silva ao bilionário Elon Musk. Segundo o assessor especial para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, a petista fez “julgamento pessoal”.
Durante fala no G20 social, no Rio de Janeiro, Janja disse “fuck you Elon Musk” (em português: foda-se, Elon Musk). A fala repercutiu no país e na comunidade internacional, sendo rebatida pelo próprio Musk em suas redes sociais.
Amorim disse que o seu julgamento sobre o dono do X, antigo Twitter, “não seria muito diferente” do que foi dito pela primeira-dama, mas que a tratativa como diplomata o faz adotar “palavras suaves”.
“Acho que é um julgamento pessoal. Aliás, o meu não seria muito diferente. Mas eu sou diplomata, sou obrigado a usar palavras suaves”, afirmou em entrevista ao portal UOL.
De acordo com ele, a situação “atrapalhou em nada” sua relação com o governo do presidente eleito Donald Trump (Partido Republicano), a qual Musk já foi anunciado como integrante.
Entenda o caso
A primeira-dama Janja Lula da Silva disse neste sábado (16.nov.2024) que não tem medo do dono do X (ex-Twitter), o bilionário sul-africano Elon Musk, e mandou ele “se foder”, em inglês. A fala se deu durante o Cria G20, um hub de produtores de conteúdo que integra a programação paralela da Cúpula.
Na sequência, Janja é aplaudida e pode-se ouvir gritos na plateia.
AVALIAÇÃO DE JANJA
Pesquisa PoderData realizada de 12 a 14 de outubro de 2024 mostra que ficaram estáveis os indicadores sobre o despenho da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, 57 anos. Quase não houve mudança em relação ao que o PoderData havia registrado há 5 meses.
Dentre os 83% de eleitores que dizem conhecer Janja “bem” ou “de ouvir falar”, 30% aprovam a atuação da primeira-dama no governo de seu marido, Luiz Inácio Lula da Silva, 78 anos.
Nesse mesmo extrato, a maior parte dos entrevistados (47%) declarou desaprovar a atuação de Janja. Outros 22% não souberam responder.
Os dados do PoderData indicam que o protagonismo da primeira-dama no cotidiano do Planalto tem sido mais negativo do que positivo.