A participação da China no mercado de carros importados do Brasil atingiu 13,6% de janeiro a agosto de 2023. Em valores, representa US$ 440,2 milhões.
O resultado já supera todo o ano de 2022, quando o país asiático somou US$ 186,7 milhões em vendas ao Brasil (5,1% do total), segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).
Os chineses passaram o México e a Alemanha no total negociado este ano. Os mexicanos saíram de US$ 231,3 milhões em 2022 para US$ 325,4 milhões, enquanto o país europeu exportou US$ 296 milhões no ano passado e US$ 284,4 milhões em 2023 para o Brasil.
Ao seguir esse critério, os chineses ficam atrás apenas da Argentina, que tem a liderança histórica. As vendas do país sul-americano ao Brasil representam 43,5% (US$ 1,41 bilhão) de tudo o que foi registrado de janeiro a agosto deste ano (US$ 3,25 bilhões).
No ano passado, a Argentina atingiu US$ 2,04 bilhões–56% do total importado pelos brasileiros.
RECORDE CHINÊS
Em 2011, a China somou US$ 482,5 milhões em vendas de carros para o Brasil. É o recorde em valores ao considerar a série histórica, iniciada em 1997.A quantia, porém, representou só 4,05% do volume de importações de veículos pelo Brasil –o total naquele ano foi de US$ 11,89 bilhões.
VEÍCULOS IMPORTADOS
Quando é considerada a quantidade de automóveis vendidos ao Brasil, os chineses estão na vice-liderança desde 2021, quanto negociaram 41.908 veículos (22,2% do total). De janeiro a agosto de 2023, já venderam 24.788 carros aos brasileiros (16,48%).Os argentinos, por sua vez, negociaram 80.163 carros com o Brasil este ano, ou seja, 53,3% de todos os veículos comprados de outros países pelos brasileiros de outros.
TIPOS DE VEÍCULOS
Os automóveis com motores de combustão seguem dominando o mercado brasileiro em 2023, representando 75,1% do total. Os carros elétricos estão bem atrás, com 4,75%.A taxa cai para 3,4% entre os 6 países que mais vendem automóveis ao Brasil, de acordo com a série histórica.
Os carros com motores híbridos (elétrico e combustão) representam cerca de 20% do total importado.