O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak pode proibir a presença de autoridades chinesas em metade de sua cúpula sobre segurança na inteligência artificial em novembro por preocupações sobre espionagem. O gabinete do premiê já convidou a China para o evento em Bletchley Park que pretende discutir estratégias globais relacionada à IA para os próximos anos.
De acordo com fontes ligadas ao gabinete, as autoridades chinesas podem ser autorizadas a participar apenas do 1º dia da cúpula por causa de supostas atividades de espionagem promovidas por Pequim no Reino Unido e em outros países ocidentais. A informação foi divulgada pelo jornal The Guardian nesta 6ª feira (15.set.2023).
No domingo (10.set), a Polícia Metropolitana de Londres anunciou a prisão, em março, de 2 indivíduos com base na Lei de Segredos Oficiais, que trata de casos relacionados à suspeita de espionagem. Um dos detidos seria um pesquisador que atuava na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento britânico.
Com a divulgação do caso, Sunak disse estar “horrorizado” com os relatos de espionagem e enfatizou que está comprometido em “proteger a democracia”. Um porta-voz da embaixada chinesa no Reino Unido afirmou que as acusações são completamente “fabricadas” e uma “calúnia maliciosa”.
“Nos opomos firmemente às acusações e insistimos que os partidos relevantes no Reino Unido a porem fim à sua manipulação política anti-China e a pararem de encenar essa farsa política”, declarou.
A cúpula de novembro pretende discutir como a inteligência artificial pode representar uma ameaça à vida humana, especialmente quando usada por estados ou indivíduos para criar armas mais rapidamente. As autoridades esperam que essa reunião se torne um evento recorrente, com a participação de vários países, semelhante ao formato do G7, G20 ou CoP.