O diretor-geral do Gabinete de Segurança Nacional de Taiwan, Tsai Ming-yen, disse que a China tem formas “muito diversas” de interferir nas eleições da ilha, marcadas para 13 de janeiro. Entre elas, pressão militar e divulgação de notícias falsas.
“Estamos prestando atenção especial à cooperação dos comunistas chineses com empresas de pesquisas de opinião e de relações públicas para a possibilidade de manipulação nos levantamentos e publicação [das pesquisas manipuladas] para interferir nas eleições”, disse ele em sessão parlamentar, citado pela Reuters.
A China aumentou as atividades militares em torno de Taiwan desde as últimas eleições, em 2020, e envia regularmente navios de guerra e combatentes para os mares e espaço aéreo perto da ilha.
Taiwan é para a China uma de suas questões mais delicadas. Desde o fim da década de 1940, quando a ilha passou a ser governada de forma independente, depois de uma guerra civil, a relação entre Taipé e Pequim passa por diversos momentos de tensão.
A China considera a ilha como parte de seu território, na forma de uma província dissidente. Na interpretação chinesa, se a ilha tentar sua independência, deve ser impedida à força.
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