O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que começou uma “nova era” de relação entre o BC (Banco Central) e o Palácio do Planalto. Ele e os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, tiveram a 1ª reunião na 4ª feira (28.set.2023).
Campos Neto tem sido alvo de críticas de Lula e aliados do governo desde janeiro. A principal crítica é a taxa básica, a Selic, considerada elevada. A reunião no Planalto foi realizada depois de 2 cortes consecutivos no juro base. As metas fiscais do governo foram um dos temas tratados.
O presidente do BC vendeu a ideia de que o governo precisa, pelo menos, avançar com medidas para tentar cumprir as metas fiscais do governo nos próximos anos. Mesmo que não consiga, o importante é mostrar as iniciativas para que os agentes econômicos reconheçam o esforço.
Haddad declarou que a aproximação já estava sendo feita pelo Ministério da Fazenda. “Foi uma relação institucional, em excelente nível. Uma aproximação institucional como fizemos com a Câmara, com o Senado, com o Supremo. Agora, entra uma nova fase da relação institucional da Presidência e do Banco Central”, declarou.
O ministro afirmou que o diálogo entre as instituições é “sempre técnico” e que as divergências não podem ser consideradas antagonismo. “São normais no debate democrático”, declarou. Questionado se foi pedido algo em troca do Banco Central, o ministro negou. “Não se pede nada em troca de nada. Cada um faz o seu trabalho. O importante é a interação”, disse.
Ele concedeu entrevista a jornalistas nesta 5ª feira (28.set.2023) antes de reunião com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Eles tratarão de pautas prioritárias do governo.