Corregedoria prende PM suspeito de matar delator do PCC em aeroporto

Publicado 16.01.2025, 12:10
© Reuters Corregedoria prende PM suspeito de matar delator do PCC em aeroporto

​A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu, nesta 5ª feira (16), o policial militar identificado como autor dos disparos que mataram o delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) Antônio Vinícius Lopes Gritzbach. Ele foi assassinado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.

A prisão faz parte da operação Prodotes, deflagrada pelo órgão com o objetivo de cumprir um total de 15 mandados de prisão e 7 de busca e apreensão contra policiais militares suspeitos de estarem envolvidos com uma organização criminosa. Os mandados são cumpridos em endereços da capital e Grande São Paulo.

A ação conta com a participação da força-tarefa instituída pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, que busca identificar outros envolvidos e eventuais mandantes do crime.

Vazamentos

De acordo com a SSP, a investigação começou em março do ano passado, quando a corregedoria recebeu uma denúncia sobre vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção.

A apuração evoluiu para um inquérito policial militar, instaurado 7 meses depois. Depois das investigações, a Corregedoria conseguiu, junto à Justiça, a expedição dos mandados.

Segundo a SSP, militares da ativa, da reserva e ex-integrantes da instituição favoreciam membros da organização criminosa, evitando prisões ou prejuízos financeiros. Entre os beneficiados pelo esquema estavam líderes da facção e até mesmo pessoas procuradas pela Justiça. Os policiais prestavam também escolta para criminosos, como era o caso de Gritzbach.

Assassinato no aeroporto

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas, no último mês de outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por extorsão. Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto.

Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso PCC.

Com informações da Agência Brasil.

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