O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) escreveu no X (antigo Twitter) que a “corrupção do PT foi real”, em crítica à decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli de anular acordos realizados com a Odebrecht (hoje Novonor) no âmbito da Operação Lava Jato, da qual Moro foi juiz.
O congressista ainda acrescenta que “criminosos confessaram e mais de R$ 6 bilhões foram recuperados para a Petrobras (BVMF:PETR4)” e diz que vai lutar no Senado “pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia”.
A decisão de Toffoli, proferida nesta 4ª feira (6.set), anula todas as provas do acordo de leniência da empreiteira, que foram usadas em acusações e condenações resultantes da Lava Jato.
Em seu despacho, o ministro afirma que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma “armação” e “um dos maiores erros judiciários da história do país”. Leia abaixo o trecho da decisão e aqui a íntegra do texto (PDF – 803 kB).
“Pela gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior. Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem.”
Em sua deleção em 2017, Emílio Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, falou sobre sua relação com Lula e o sítio em Atibaia. No depoimento, citou que teria informado ao petista sobre a conclusão da obra durante um encontro no Palácio do Planalto em 30 de dezembro de 2010.
Assista nesta playlist outros vídeos sobre as delações de empresários da Odebrecht.