O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 3ª feira (12.dez.2023) que o governo deseja começar 2024 discutindo uma política ampla de desoneração da folha de pagamento das empresas.
Em participação no Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), em Brasília, Alckmin afirmou que a ala econômica do governo concentrou seus esforços na aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da reforma tributária e que, a partir da conclusão da medida, irá elaborar uma proposta própria sobre a desoneração.
Na visão do vice-presidente, é necessário aprovar a reforma para ter um horizonte mais claro de como será a tributação brasileira nos próximos anos, para assim desenvolver benefícios fiscais que estimulem a criação de empregos.
“Superada a reforma tributária, e a reforma tributária faz o PIB [Produto Interno Bruto] crescer, ela traz eficiência econômica, ela pode em 15 anos aumentar 12% do PIB brasileiro. Encerrado isso, nós temos que nos dedicar à desoneração da folha”, disse Alckmin.
Alckmin afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conduz a criação de uma política ampla para desonerar a folha e disse que a proposta do governo terá como foco o cuidado para não criar distorções no ambiente econômico. O vice-presidente não detalhou quando essa proposta será apresentada, mas afirmou que o desejo do governo é pautar esse debate já no início de 2024.
“Ele [Haddad] está rapidamente elaborando uma proposta para apresentar, mas a gente tem que ter como meta, encerrada a reforma tributaria, começar o ano que vem discutindo como desonerar a folha, criar emprego e estimular renda”, afirmou.