(Reuters) - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), avisou aliados e assessores que não pretende mais deixar o cargo para concorrer à Presidência da República, disseram os jornais Estado de S. Paulo e Folha de S.Paulo nesta quinta-feira.
Segundo a Folha, a decisão de Doria abriu uma crise no PSDB. O vice-governador de SP, Rodrigo Garcia, pretendia disputar o cargo de governador na eleição de outubro já ocupando a cadeira com a saída de Doria para disputar a Presidência.
De acordo com o Estadão, Doria deve fazer o anúncio oficial durante evento com prefeitos no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo paulista, às 16h. As demais agendas do dia foram canceladas.
O Estadão acrescentou que Doria também deve anunciar a saída do PSDB. Sem ele, o partido pode disputar a Presidência com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que havia perdido para Doria em uma disputa prévia da legenda.
Doria tem aparecido com resultado fraco nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto. O governador teve apenas 2 pontos em levantamento do instituto Datafolha neste mês, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 43% e o presidente Jair Bolsonaro (PL) soma 26%. Ainda apareceram à frente do governador os ex-ministros Sergio Moro (Podemos), com 8%, e Ciro Gomes (PDT), com 6%.
Procurado pela Folha, Doria não respondeu mensagens enviadas, disse o jornal. O governo paulista não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters sobre a decisão do governador.