A relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), lamentou nesta 5ª feira (21.set.2023) que o presidente da Comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), tenha negado votar a acareação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid.
“Acho muito lamentável que não façamos uma acareação dessa natureza. Acho que seria muito importante nesta reta final dos trabalhos”, disse a relatora da CPMI. O pedido de acareação foi feito em 14 de setembro por Eliziane.
A relatora também afirmou que os governistas vão tentar votar na próxima 3ª (26.set) o pedido de quebra de sigilo das movimentações financeiras de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Na proposta que vamos apresentar na 3ª feira, consta o RIF [Relatório de Inteligência Financeira] do Bolsonaro e da Michelle”, disse.
Além disso, a relatora declarou que, com as informações divulgadas pela mídia da delação de Mauro Cid, quer convocar o ex-comandante da Marinha e almirante Almir Garnier.
Segundo reportagens do jornal O Globo e do portal de notícias UOL, Bolsonaro teve uma reunião em 2022, depois do 2º turno das eleições, com a cúpula das Forças Armadas para discutir uma minuta sobre intervenção militar.
Também segundo as publicações, Cid teria dito que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria concordado com o plano golpista.
Na reta final dos trabalhos da comissão, Eliziane disse que o depoimento do almirante e a volta de Cid à comissão são primordiais.
O tenente-coronel já foi ouvido pela CPI, mas permaneceu calado durante toda a sessão. Foi o 1º depoente a ficar em silêncio na comissão. Sua reconvocação já foi aprovada pela comissão. Como mostrou o Poder360, a volta de Cid deve ser o ato final dos trabalhos.