Por Pedro Fonseca
(Reuters) - O PL afirmou em manifestação enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o encontro do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro com embaixadores na semana passada, no qual ele reiterou ataques sem provas e já refutados às urnas eletrônicas e ao sistema de votação, foi um ato de governo, e não eleitoral, e não representou propaganda antecipada.
As manifestações foram apresentadas pelo partido do presidente em sua peça de defesa enviada à corte no âmbito de ações apresentadas por partidos de oposição que argumentaram a realização de propaganda eleitoral antecipada por parte de Bolsonaro na reunião.
O PL se manifestou após decisão do presidente do TSE, ministro Edson Fachin, que concedeu prazo até o dia 26 de julho para que o presidente e as outras partes dos processos se manifestassem na ação. Bolsonaro ainda não se manifestou separadamente.
Segundo o PL, o encontro de Bolsonaro com os representantes diplomáticos no Palácio da Alvorada foi um "evento oficial do governo federal, conduzido pelo presidente Jair Bolsonaro, na condição de chefe de Estado e não de pré-candidato, sem a
presença, aliás, de qualquer dirigente partidário do PL".
O partido também rejeitou a acusação de propagando eleitoral antecipada negativa feita pelos partidos de oposição, afirmando que "não há qualquer fala apta a tisnar a honra de filiados ao partido representante, tampouco convencer os eleitores de que qualquer pré-candidato não seja apto a ocupar o cargo eletivo em disputa."
Na semana passada, Bolsonaro chamou embaixadores e representantes diplomáticos de governos estrangeiros que atuam no Brasil para repetir os ataques infundados que frequentemente faz às urnas eletrônicas, desta vez para um público externo, e para novamente atacar Fachin e o ministro Alexandre de Moraes, que presidirá o TSE no período eleitoral.
A menos de três meses do primeiro turno da eleição, marcado para 2 de outubro, Bolsonaro aparece em segundo nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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