As empresas têm até 30 de novembro para pagar a 1ª parcela do 13º salário aos seus funcionários. Para conseguir cumprir a legislação trabalhista no prazo, empresários recorrem a financiamentos bancários.
Pesquisa realizada pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mostra que 11,7% das indústrias paulistas pretendem solicitar financiamento bancário para pagar o 13º salário dos funcionários em 2023. O resultado é o menor patamar da série histórica, iniciada em 2008.
As instituições financeiras podem ofertar linhas de crédito específicas para o pagamento do 13º ou oferecer linhas de capital de giro, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria). Para conceder crédito com essa finalidade, os bancos pedem que a empresa possua um contrato de folha de pagamento na própria instituição que está buscando o recurso, inclusive com contas salário para os colaboradores, facilitando o financiamento e pagamento.
Há instituições financeiras que podem solicitar a a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, onde conseguem analisar as informações trabalhistas para cálculo do financiamento, que poderá envolver garantias como avalista, duplicatas, recebíveis ou aplicações dependendo da instituição financeira.
Essas modalidades de financiamento começaram a ficar disponíveis a partir de setembro ou outubro, segundo a CNI. A entidade afirma que toda instituição financeira possui uma solução de crédito, seja ela direcionada para o 13º ou como capital de giro para suprir a mesma necessidade.
A concessão do crédito é realizada com base na análise de risco de crédito e na capacidade de pagamento da empresa. Algumas instituições financeiras podem solicitar o faturamento dos últimos 12 meses da empresa e documentos, tais como comprovante de inscrição do CNPJ, contrato social, entre outros.
A CNI recomenda ao empresário realizar simulações em bancos diferentes para encontrar a solução mais vantajosa para a sua empresa. A entidade sugere levar em consideração na análise o Custo Efetivo Total, já que nem sempre o empréstimo com a taxa de juros mais baixa será aquele que custará menos à empresa, uma vez que os demais encargos podem sobrecarregar o valor total a ser pago.
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