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Entrada da Arábia no Brics é para fortalecer o banco, diz Lula

Publicado 29.11.2023, 16:22
Entrada da Arábia no Brics é para fortalecer o banco, diz Lula
EMBR3
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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou ter dito ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, que a entrada do país no Brics ajudará a “fortalecer o banco”. A declaração foi dada em discurso nesta 4ª feira (29.nov.2023). Leia a íntegra (PDF – 215 kB).

Ainda segundo o chefe do Executivo, o investimento financeiro da Arábia Saudita no banco do Brics visa a “mudar a faceta dos bancos multilaterais”. Lula desembarcou em Riade, na Arábia Saudita, na 3ª feira (28.nov), para discutir as relações bilaterais com o país.

O presidente falou que a necessidade de mudança na “faceta” dos bancos multilaterais deve ser realizada para que “possam tratar de financiar o desenvolvimento dos países mais pobres sem taxas de juros escorchantes que terminam por matar qualquer possibilidade de investimento dos países”.

Assista (20min6s):

Atualmente, o Brics é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 24 de agosto deste ano, foi divulgado o processo de expansão do bloco –leia aqui (329 KB).

Eis os 6 países que integrarão o grupo a partir de janeiro de 2024:

  • Argentina;
  • Arábia Saudita;
  • Egito;
  • Emirados Árabes Unidos;
  • Etiópia; e
  • Irã.

Leia mais sobre:

  • Lula chega à Arábia Saudita em último giro internacional do ano;
  • Em 10 anos, Brasil será Arábia Saudita da energia verde, diz Lula;
  • Brasil e Arábia Saudita estimam comércio de US$ 20 bi até 2030;
  • Embraer (BVMF:EMBR3) assina 3 acordos de cooperação na Arábia Saudita;
  • Lula discute relações bilaterais com príncipe da Arábia Saudita;
  • Janja segue para Dubai e não acompanha Lula na Arábia Saudita.

QUEM É BIN SALMAN

O príncipe Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud tem 38 anos e comanda o país de maneira autocrática. Ele foi ministro da Defesa e desde setembro de 2022 assumiu o cargo de primeiro-ministro do Reino da Arábia Saudita.

Foi Mohammed bin Salman quem deu joias no valor estimado de R$ 5 milhões ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As peças seriam um presente da Arábia Saudita tanto ao ex-mandatário brasileiro como à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os itens não foram declarados às autoridades ao entrarem no Brasil. Por essa razão, houve retenção na alfândega. O caso é rumoroso e agora deve ser tratado nos depoimentos da delação premiada de um ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

A carreira de Mohammed bin Salman foi ganhando destaque nos últimos anos porque ele passou a tomar todas as decisões no país. O pai do príncipe, o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud tem 87 anos e sofre da doença de Alzheimer.

No início, a ascensão do príncipe ao poder foi considerada positiva nos meios diplomáticos internacionais, que esperavam um mandato reformista e modernizador. De fato, Mohammed bin Salman (que é conhecido também acrônimo MBS, com as letras iniciais de seu nome), reduziu os poderes da polícia religiosa e decretou o fim da proibição das mulheres dirigirem automóveis. A Arábia Saudita também passou a permitir mulheres em estádios de futebol.

A Arábia Saudita também tem atraído a atenção do mundo esportivo –com o apoio de MBS– por atrair jogadores de futebol de alto nível para jogar no país. O brasileiro Neymar Jr. foi contratado para atuar no país.

Ocorre que MBS tem várias histórias controversas contra si. Ele foi acusado em 2018 pela CIA (serviço secreto dos Estados Unidos) de ser o mandante do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi. Em 2021, novo relatório do governo norte-americano dizia que o príncipe saudita tinha aprovado a operação que resultou na morte de Khashoggi –ainda que em 2019 a Arábia Saudita tenha condenado 5 pessoas pelo crime. Em dezembro de 2022, a Justiça dos EUA arquivou as acusações contra Mohammed bin Salman.

Nos jornais norte-americanos, MBS é costumeiramente classificado como ditador. Dados da Organização Saudita Europeia para os Direitos Humanos indicam que a Arábia Saudita teve 129 pessoas executadas por ano, de 2015 a 2022, uma alta de 82% em comparação com o período de 2010 a 2014. Organizações defensoras de direitos humanos, como a Anistia Internacional, relatam contínuas violações na Arábia Saudita.

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