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Estado de Iowa abre ano eleitoral dos EUA nesta 2ª feira

Publicado 15.01.2024, 06:00
Estado de Iowa abre ano eleitoral dos EUA nesta 2ª feira

O Estado de Iowa realiza nesta 2ª feira (15.jan.2024) o 1º caucus do Partido Republicano para escolher o candidato à Presidência dos Estados Unidos. A data marca o início da corrida eleitoral para o pleito que será realizado em 5 de novembro. Dentre os pré-candidatos republicanos, o ex-presidente Donald Trump aparece como o favorito nas pesquisas.

Ao contrário do voto em cédulas como em eleições primárias, no caucus é feita uma dinâmica em que somente filiados dos partidos participam. Eles se reúnem em um local conhecido como precinto –que pode ser uma igreja, escola ou ginásio– onde são separados em grupos, de acordo com o pré-candidato que desejam votar.

Em algumas ocasiões, os filiados apenas levantam as mãos e declaram seu voto. O candidato que reunir mais apoiadores sai vitorioso e concorre às eleições de novembro.

Tanto no caucus quanto na eleição primária tradicional, com o uso de cédulas, o objetivo é definir a atribuição dos delegados, que distribuem seus votos nas convenções partidárias de cada partido.

A outra grande data das primárias norte-americanas será em 5 de março, quando eleitores de 16 Estados votarão, tanto para o Partido Democrata quanto para o Partido Republicano. A data é conhecida como “Super Tuesday” (Super 3ª feira, em tradução livre). Os territórios de Guam e Ilhas Virgens encerrarão as primárias em 8 de junho com caucus do Partido Democrata.

Cada Estado norte-americano possui uma quantidade de delegados representantes (determinados a partir de fatores como o tamanho da população).

Para conseguir a indicação do Partido Republicano são necessários 1.276 dos 2.551 delegados em disputa. Para representar o Partido Democrata, é preciso obter, ao menos, 1.991 dos 3.979 delegados existentes. Na Super Tuesday, há 1.620 delegados democratas e 865 republicanos em jogo.

Os candidatos que disputarão as eleições de novembro serão anunciados no 2º semestre. Em 15 de julho, o Partido Republicano realizará a sua Convenção Nacional em Milwaukee (Wisconsin). A Convenção Democrata será em 19 de agosto em Chicago (Illinois).

Os debates presidenciais serão realizados de setembro a outubro. Os vice-presidentes também participarão de debates entre si. Eis as datas:

  • 16.set – 1º debate presidencial em San Marcos (Texas);
  • 25.set – debate dos candidatos a vice em Easton (Pensilvânia);
  • 1º.out – 2º debate presidencial em Petersburg (Pensilvânia);
  • 9.out – 3º debate presidencial em Salt Lake City (Utah).

JOE BIDEN X DONALD TRUMP

É esperado que o principal embate da corrida eleitoral seja entre o atual presidente, democrata, e o ex-presidente republicano. A última pesquisa do Morning Consult, divulgada em 7 de janeiro, mostra que os pré-candidatos estão tecnicamente empatados: Joe Biden registra 43% das intenções de voto e Trump tem 42%. Foram entrevistados 6.367 eleitores registrados nos EUA e a margem de erro do levantamento é de 1 ponto percentual.

O presidente Biden iniciou seu mandato, em janeiro de 2021, com 55% de aprovação entre os eleitores, contra 32% que declararam desaprovação em pesquisa da Reuters/Ipsos. Já em 2023, seu penúltimo ano à frente da Casa Branca, o cenário não é tão favorável: 40% dos eleitores aprovam o presidente e 53% o rejeitam.

PROCESSOS CONTRA TRUMP

O ex-presidente enfrenta investigações que podem conduzi-lo à inelegibilidade em 16 Estados. O Colorado e o Maine já o desclassificaram da corrida eleitoral. Outros 16 Estados declararam o republicano como apto a concorrer ou negaram o pedido de análise.

Nos Estados em que o ex-presidente foi declarado inelegível, as Cortes julgaram que Trump cometeu insurreição no caso da invasão do Capitólio, sede do congresso norte-americano, em 6 de janeiro de 2021. As decisões não impossibilitam que Trump concorra na eleição presidencial, uma vez que têm validade estadual.

As decisões têm como base a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que diz que não pode ocupar cargos civis ou militares em gestões federal ou estadual quem tenha “se envolvido em uma insurreição ou rebelião” contra o governo.

O caso ainda deve ser julgado na Suprema Corte dos EUA, que pode derrubar a inelegibilidade nos Estados, confirmá-la ou estendê-la para todo o país.

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